Palestra “As Políticas de Educação Integral no Norte do Rio Grande do Sul”

Por Everton Trentin Zoraski (Filosofia)

No dia 26 de outubro, nas dependências do Seminário Nossa Senhora de Fátima, ocorreu a aula inaugural do curso de Especialização em Educação Integral “As Políticas de Educação Integral no Norte do Rio Grande do Sul” ministrada pela Profa. Dra. Rosimar Serena Siqueira Esquinsani (UPF). 

 

Foto de Kelly Cristina Reis

Na abertura do evento, o Coordenador Adjunto do curso, Prof. Dr. Roberto Rafael Dias da Silva, ressaltou a importância do tema dentro da UFFS. Já o Diretor do campus, Prof. Dr. Ilton Benoni da Silva, abordou o tema da criação de Programas de Pós Graduação Estrito Senso, destacando o aspecto fundamental da criação de grupos de pesquisa para que tal iniciativa dê certo. 

 

Da esquerda para a direita: Rosimar Esquinsani, Ilton Benoni e Roberto R. Dias da Silva. Foto de Kelly C. Reis

Na sua fala, a professora Rosimar Esquinsani, valendo-se propositalmente de uma linguagem simples, defendeu uma escola pública de excelência, acima das expectativas da maioria da população. Ela afirmou que a educação em tempo integral não deve ser vista como uma panaceia, mas como uma alternativa viável qualitativamente para melhorar o ensino. 

 

 

Palestrante Rosimar Esquinsani. Foto de Kelly C. Reis

Ela destacou, também, a sazonalidade das experiências com esse tipo de iniciativa ao longo da história e criticou uma espécie de ingenuidade, que desencadeia a ideia errônea de que todas as medidas adotadas pelos diferentes governos em relação a educação não levam em conta principalmente fatores político-econômicos. Sua experiência no município de Passo Fundo levou-a a demonstrar a diferença entre escola “de” tempo integral, em que o foco está na instituição, e escola “em” tempo integral, em que o foco é o aluno. Tal cidade, segundo a palestrante, está situada no modelo “em” tempo integral. Não havendo, por exemplo, nos últimos anos, a construção de nenhuma sala de aula, limitando o sucesso da iniciativa a boa vontade de gestores e professores. Em resumo, o que prevaleceu ao término da palestra foi a máxima de que “não adianta fazer mais do mesmo”.