Por Seli Teresinha Leite (UFFS/Erechim)
Na noite de sexta-feira, dia 15, aconteceu, no auditório da UFFS/Erechim, o lançamento do livro Universidades e suas fronteiras. Na oportunidade, os autores fizeram breve explanação dos temas abordados por cada um no livro.
Dirceu Benincá, na contextualização de seu tema, fez uma reflexão sobre os diferentes olhares acerca da universidade, pontuando que, além de autonomia e dinamismo, a universidade não pode esquecer o papel importantíssimo que vários movimentos sociais tiverem na sua construção.
Por sua vez, Thiago Ingrassia, através de pesquisas feitas para sua tese de doutorado, falou sobre políticas públicas de expansão. Para ele, o grande desafio é associar o qualitativo e o quantitativo como direito e não como mercadoria em relação ao conhecimento.
Já, Anacleto Zanella discutiu a necessidade de pensarmos sobre o tipo de desenvolvimento que queremos. Segundo ele, universidade e sociedade caminham juntas e, por isso, a educação deve ser construída pela população. Ademais, diante dos avanços e da globalização, não podemos abrir mão de discutirmos o que queremos para que não corramos o risco de ficarmos estagnados no tempo. Apontou também a necessidade do rompimento de barreiras e união dos saberes populares e saberes acadêmicos sistematizando a educação básica e a universidade.
Em sua fala, Luis Fernando Correa fez breve explanação sobre a UFFS e a política curricular. Fez, também, algumas reflexões sobre a prática docente e a implantação das disciplinas do domínio comum, que aparecem como intermediárias em todos os cursos. Para ele, as disciplinas do domínio comum foram elencadas pensando justamente em uma universidade pública e popular.
Para Roberto Rafael Dias da Silva, o grande desafio da universidade hoje é com a formação de professores e com a produtividade e construção de conhecimento na fronteira específica em que a universidade está inserida. Ele fez reflexões sobre a experiência da nossa UFFS e, também, sobre a formação de professores no Brasil, analisando o mapeamento dos estudos contemporâneos sobre docência e a crítica política da universidade.
Por fim, Rodrigo Manuel Dias da Silva falou dos desafios por uma política cultural na universidade. Para tanto, ele fez uma retrospectiva da implantação das instituições de ensino superior até nossos dias, unindo a multiplicidade de saberes acadêmicos e saberes eruditos que se sobrepõem sobre outros, como exemplo: instituições de elite, incompatíveis com os dias atuais. Ele encerrou sua fala enfatizando a necessidade de refletirmos sobre as mudanças na universidade, de acordo com a realidade de cada região e de refletirmos sobre políticas culturais, conhecimentos eruditos e populares nos muitos saberes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário