Natani Macagnan (Engenharia Ambiental)
O acadêmico de Filosofia da UFFS – Campus Erechim, Andrei Pedro Vanin, recebeu recentemente a notícia de sua aprovação em mestrado em duas importantes instituições do Brasil. Andrei foi aprovado na UNIFESP (Universidade de São Paulo) e na UFPel (Universidade de Pelotas).
Andrei foi bolsista e voluntário aqui do Comunica (e de outros projetos de pesquisa e de extensão da UFFS) e ainda contribui com o blog com textos sobre diversos assuntos. Devido às conquistas recentes do acadêmico, o Comunica fez algumas perguntas ao Andrei:
Comunica: Quais os temas dos mestrados?
Andrei: Na UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo –, o tema do mestrado é a noção de scientia (ciência) e o problema do conhecimento de entes contingentes. Em síntese, o problema se baseia em como podemos ter ciência (– que classicamente é dito como o conhecimento do que é necessário e universal, daquilo que não muda -) daquilo que é contingente e singular, ou seja, daquilo que muda. Já na UFPel o tema do mestrado seria sobre a noção de contingência na ética.
Comunica: Qual tua motivação pra buscar essas conquistas?
Andrei: A motivação para buscar o mestrado partiu do fato de que na filosofia as possibilidades de trabalho não são muito diversas, não oferecem um leque grande de possibilidades (e de salário - risos) como as badaladas engenharias (a ambiental, por exemplo), ou o direito, ou a medicina (como alguns pensam) e cursos assim. Então buscar uma pós-graduação é quase um pré-requisito se você quiser sobreviver nessa área. Soma-se a isso que, atualmente, a concorrência por vagas de mestrado, doutorado e por conseqüência para concursos de professores em filosofia, por incrível que pareça, têm aumentando assustadoramente (Na seleção da UNIFESP, por exemplo, havia 47 inscritos para 10 vagas). A motivação vem também do ambiente da UFFS. Os professores de Filosofia e os que passaram pela minha formação – ao contrário do que muita gente acha e opina na UFFS – são e foram de qualidade, sempre incentivaram a pesquisa e a continuidade nos estudos. A motivação em última análise é pessoal, você tem que querer e acreditar. Os professores e a instituição apenas oferecem uma parcela, bem pequena por sinal – ao contrário do que algumas pessoas pensam na UFFS, por exemplo - o restante é com o acadêmico.
Imagem: Andrei Vanin em apresentação de trabalho. Fonte: <http://academicofilosofiauffs.blogspot.com.br> |
Comunica: Como você se sentiu quando soube da aprovação?
Andrei: A ansiedade acabou e me senti feliz! Na verdade já eram três anos dedicados aos estudos pensando em uma pós graduação em um centro de excelência no Brasil. Os problemas maiores e as preocupações começam depois que você passa, como lugar para morar, a burocracia para a bolsa e a demora pela emissão de alguns documentos – como o diploma, pela UFFS. Mas passar em mestrado é sempre bom, faz você sentir que tudo o que você estudou realmente valeu a pena e que a instituição na qual você estudou, a UFFS, é sim uma universidade competente; com muitos problemas, é claro, mas que não afetam diretamente a formação se o acadêmico realmente buscar (por interesse próprio) as oportunidades que a instituição oferece para uma formação de qualidade.
Comunica: O que você espera desse mestrado?
Andrei: Espero que possa desenvolver minha pesquisa de forma satisfatória. Estando na UNIFESP, a oportunidade do estudo de línguas e a participação em grupos de estudos é maior, além de ter professores reconhecidos nas áreas de pesquisa. Com esse mestrado espero ter as ferramentas e a formação necessária para ingressar num doutorado.
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