sexta-feira, 2 de maio de 2014

Curso de Ciências Sociais Debate “Os 50 Anos do Golpe Cívico Militar no Brasil”

Emanuele Paula Cenci (Arquitetura e Urbanismo)

O Curso de Ciências Sociais do Campus Erechim promoveu na última terça-feira, 29 de abril, sua Aula Inaugural, ministrada por Luiz Felipe Falcão, que atualmente é professor da Graduação e Pós-Graduação da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). O professor Luiz Felipe possui doutorado na área de História Social pela Universidade de São Paulo. 

Imagem: Aula Inaugural. No centro, o professor Felipe Falcão. Fonte: Comunica.


O tema abordado foi “Os 50 Anos do Golpe Cívico Militar no Brasil” . Participaram alunos dos cursos de Ciências Sociais, acadêmicos de outros cursos e docentes da Universidade.  Durante a aula inaugural, o Professor relacionou diversos fatos do chamado "Golpe Cívico" e provocou, ao citar algumas frases: “A democracia é apenas a substituição de alguns corruptos por muitos incompetentes.”(George Bernard Shaw); “A democracia é um erro estatístico, porque na democracia decide a maioria e a maioria é formada de imbecis.”(Jorge Luiz Borges); “Se começássemos a dizer claramente que a democracia é uma piada, um engano, uma fachada, uma falácia e uma mentira, talvez pudéssemos nos entender melhor.” (José Saramago).

Após sua breve reflexão acerca dos fatos históricos que marcaram a ditadura, relacionada às reflexões de alguns grandes pensadores, foram abertas inscrições para dúvidas e também opiniões diversas, o que levou a um pequeno debate.

Quando questionado acerca da importância do esclarecimento que esta aula inaugural traz tanto para a comunidade acadêmica quanto para a externa, o Professor Felipe afirmou: “Em qualquer universidade, a presença de pesquisadores que lhe são externos, ou seja, que possuem vínculos com outras instituições, traz consigo a possibilidade de estabelecer contato com um outro olhar acerca dos temas que são costumeiramente abordados. Com isto, uma universidade qualquer torna-se mais e mais "universidade", contribuindo para a difusão e o aprofundamento das reflexões que empreende. Por sua vez, um povo sem memória e sem história (são duas coisas distintas) é um povo pouco preparado para fazer escolhas, boas ou ruins, acerca dos possíveis caminhos a seguir, de seus riscos e desafios. Nesta perspectiva, os fatos relacionados à ditadura civil-militar precisam ser esclarecidos para que o conjunto da sociedade seja confrontado com suas responsabilidades em tudo o que passou e, no que for possível, não conceda que aquilo venha a se repetir.”

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