segunda-feira, 7 de maio de 2012

Sinestésicos: diversidade, trans, pós


Por Andrei Vanin (Filosofia)

O Sinestésicos nesse acalorado sábado de maio discutiu a “diversidade sexual” - ou os dispositivos sexuais. O debate integra a série Diálogos e teve o objetivo de discutir e levantar pontos de vista sobre questões que circulam nos diálogos da sociedade a respeito do tema. O diálogo contou com a participação dos professores da Universidade Federal da Fronteira Sul, Atílio Butturi Júnior e Fábio Feltrin, além dos convidados Sandra Ferreira (acadêmica do curso de Ciências Sociais da UFFS), o psicólogo Thiago Peppes e Larissa Sody. 

O Professor Fábio Feltrin

O debate nasceu a partir do ataque que houve na Universidade às diversidades e a intolerância em relação a elas. A conversa foi iniciada pelo professor Atílio Butturi, se perguntado o que seria gênero e sexualidade, na tentativa de mostrar que essa questão não é tão simples como muitas vezes é rotulada no cotidiano. Buscou dar ênfase ainda a dificuldade de como lidar com à diversidade frente aos documentos da Universidade. Com referências a Foucault e Linda Nicholson, o debate tomou “ares” acadêmicos. 

Após essa introdução,o professor Fábio Feltrin passou a uma análise mais histórica da sexualidade e das diferentes formas que o corpo foi visto ao longo da história, indo aos gregos – onde a prática sexual entre homens era “costume” - até os dias atuais. Ressaltou ainda que não existe sexualidade antes de uma prática e corroborou seus argumentos sobretudo indo a Nietzsche e a Foucault.

Larissa Sody

Após a exposição dos professores, passou-se a palavra para os convidados - Larissa, Sandra e Thiago -, que narraram a experiência e as dificuldades que encontram e encontraram na sociedade. A partir daí, abriu-se para perguntas e um debate interessante, com preocupações de como encarar, "ser aceito", de como ser nomeado, dificuldades em relação à família ou com as pessoas próximas em se assumir (ou não) “diferente”. Foram levantadas questões sobre as dificuldades no mercado de trabalho e ainda, o que mais rendeu debate, as dificuldades de não haver uma legislação nem uma punição para ataques homofóbicos e preconceituosos. Mostrou-se, finalmente, que buscar uma categorização de gêneros é problemática.

Da esquerda para a direita: Thiago, Larissa e Sandra

O Sines, nesse caminho, continua a discutir e levantar questões. Fique por dentro das atividades através do Face, Blog, Twitter e pelos cartazes na Universidade.

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